quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Blade Runner.

Você foi feito da forma mais perfeita possível.

Mas não para durar, queixa-se Roy.

A luz que brilha com o dobro de intensidade dura a metade do tempo. E você brilhou com uma enorme intensidade, responde-lhe o pai que em seguida foi morto pela sua criatura inconformada com sua prematuridade.

Mais tarde, já no final do filme, quando a chama de Roy, que tanto brilhou, vai se apagando irremediavelmente o seu imenso amor pela vida, por qualquer vida, o leva no derradeiro instante a salvar a vida do seu próprio caçador, Deckard.

=)

Viu?!
Sem luz, sem segurança.
E alguns ficaram nas velas que derretem e outros nos celulares que descarregam. O que seríamos sem o improviso para observar e seguir? Sim, luzes improvisadas no momento de aflição. Claro, luz FURRECA que nos supre por algum tempo. Temos esses "espasmos" na vida, não é mesmo? Colocando nossa força para iluminar pequenos espaços. Algo direcionado e nada ampliado e permanente. Certo, mas a minha preocupação estava mesmo na rua, pois os que esperam nas casas nem sempre se incomodam com a escuridão, no mais, a preocupação é por esperar e aguardar notícias dos que sairam cedo para a seara. Alguns para o alimento que perece, e outros não. Não vem ao caso, pois o que realmente importa é que eles estavam lá sem luz e muitos medrosos, angustiados, desesperados, desamparados... O lobo estava a espreita esperando os que seguiriam sem um rebanho. É sim, entendo o caminho de LUZ, e ás vezes não temo caçador, falta de paternidade, escuridão, lobo... É verdade! Mas por mais segura que esteja, não desejo essa escuridão para alguém que não se sente seguro no escuro como eu, e é exatamente assim que se segue a vida nesse mundo de morte e destruição, quem se importa? O rumo é somente e sempre confortavelmente de forma hipócrita e egoísta em "frente" até que a NOSSA luz se apague.

Não podemos negar: o Blackout ainda existe!

2 comentários:

Canteiro Pessoal disse...

Paula. É de fato de glória em glória que obtemos uma nova visão na teia do embaçado. É ali, na imagem ao espelho do excelso que nos proclama numa nova perspectiva por fazer-nos adentrar na inundação do encontro. Assim, mesmo sem vermos por olhos naturais, o segredo da música do 'limpo' abraça-nos traduzindo a espera dEle sempre por nós e nada resistimos, e, partituramos o silêncio. Nisto, a entrega é pincel de nome que se torna areia macia sob nossos pés.

Abraços e paz

Priscila Cáliga

Por Ele. disse...

A espera DELE sempre por nós e que não resistamos!

Lindo, lindo, PERFEITO! rs

"Acende toda luz iluminando a Terra que convive com a dor, sem esperança."