terça-feira, 29 de setembro de 2009

Morrer.

Morrer pra nascer é entender coisas que ninguém vive, ouvir o que ninguém escuta e escolher amar diante de toda límpidez, mesmo aparentemente obscura. Ou no contrário, mas sempre rasgando a pele e sentindo não como alguém que atua, mas entendendo o atuante que torna a ser espetáculo recebendo não o aplauso, mas o vitupério e a dor, junto. Dor, não exatamente por dissipar o prazer pelo que pensa a mente em ser o divinal, mas por não ter onde recostar a cabeça, que ainda assim descansa num momento de dilaceramento da própria imagem que não tem suporte, que não se suporta, encontrando-se em si e bebendo da própria boca. Onde partilha segredos comuns do incomum como filho, sem firula, que sempre esta em casa se misturando em arte, projetando gratidão mesmo em descarga do rasgo. Sim, mostrando-se deflorado de mais uma camada arrancada, mas não exigindo estética para a fílula. Indo e deixando-a aberta e exposta.

Estranhamente pronfundo e pouco usual; e é tudo em necessário.

"Eu sou uma atriz para mim. Eu finjo que sou uma determinada pessoa, mas na realidade sou nada."
Clarice Lispector

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Que Palavra fez tudo?

"Nós devemos pregar a Palavra, mas os resultados devem ser deixados sob a boa vontade de Deus... Eu me opus às indulgências e todos os papistas, mas nunca por meio da força. Simplesmente ensinei, preguei e escrevi sobre a Palavra de Deus; outra coisa não fiz. E enquanto eu dormia ou bebia a cerveja de Wittenberg junto de meus amigos Philipe e Amsdorf, a Palavra enfraquecia o papado de forma tão grandiosa que nenhum príncipe ou imperador conseguiu infligir-lhes tantas derrotas. Eu nada fiz: a Palavra fez tudo." - Martinho Lutero

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Salmo em Boa nova.

O que minha alma anela, busca? Por vezes, diante de tudo que recebo ou que perco, vejo suas mãos, e quando vejo, mas nunca sua face. Chorando, embaçam-me os olhos, não o encontro e me vem a pergunta de onde está esse amor. Então, volto a me entornar, pois sei bem, fui inocente, não entendia, mas tinha a paz, alegria e a justiça. Eu vi. Eu via! E perturbadamente minha alma se abate, não vejo sua face, não vejo seu amor, pois cega estou com a verdade que seca de orgulho por tê-la sem proveito algum. Ah que sede! Ah esses abismos, ah esses ruídos, ah essas ondas! Caio na escuridão, me ensurdeço e não bebo. E é sempre assim, um ciclo. Enxergo minhas falhas que sempre parecem ser mais importantes do que o amor que é contínuo e real, e por isso não vejo, não ouço e me afogo. E se eu focasse em entender que ir no escuro fundo de mim mesma fosse a primeira parte do grande plano de que não posso desistir, e exatamente assim me mostrará a liberdade no mais profundo do meu ser? Sim, a medida que permito que Tu me ames, inclusive pelo que sou, - inclusive e não apesar - me aconchegaria e entenderia sobre o retribuir desse amor, e numa cadeia de glória, transformações seria o resultado.
Em mim, em ti, em nós.

Talvez, não de repente, entendi que pecar é desconfiar desse amor.


Tudo por causa do Fantástico...

=)

Leitura: Salmo 42.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Nós.


Os relacionamentos muitas vezes enfrentam esses problemas nos laços, nós. Existem nós em laços. Existem laços em nós. E pra mim significa embaraço, nós, algo pejorativo, onde mostra como as duas pontas antes estiveram juntas, perto uma da outra. Precisa o contato para entrelaçar. Precisa o contato para desentrelaçar. Certo, e se não houve o contato, o que é então? Tudo, menos um nó. Para se ter um nó é preciso a junção da corda, de um laço, mesmo sendo um nó numa corda solitária.

Lendo sobre nós, percebi que os marinheiros dizem que o nó simples quando molhado é o mais difícil em desatar. O nó é fortalecido. O mais difícil de desatar de todos os nós espetaculares que existem, acredita?

O nó enfraquece aquele ponto da corda em 50% dizem os especialistas. rs

É isso, não importa toda essa informação se não houve em/entre tudo o amor, pois quando entendemos que em face do amor tudo pode causar glória, sem amor laço é só um laço, a junção é só junção, e nó é só um nó.

Tudo nEle.
Para Ele.
Por Ele!